sexta-feira, 4 de março de 2011



É tudo de um pouco,
se nada for o bastante,
não é preciso que sobre
o sorriso, pois é o que
há de mais abundância,
desperdiçado o dinheiro no palheiro,
fito todos os pandemônios
neste fuzuê de inflorescencias,
repartilhar todo hélio para
as pressas ir de encontro
com a inércia inépcia,
enquanto a marujada
se afoga em goles monstruosos,
abrange os gritos de uma
velha surda, o que será
que ela diz quando fala
da vontade dos homens
de destruindo pelo prazer tragados
dos potes de mel, seria sina,
mas não lhe resta nada a fazer aqui,
nesta terra de ninguém, que por onde
se olha, qualquer lugar
casas de séculos e pedras
tortas para se caminhar,
será pedir de mais?
nada para nada,
remédios que já não torturam mais,
querer mais que borroes no escuro,
sem deixar escapar aquela vontade de viver,
sem deixar de viver aquela vontade de escapar.


Thiago Pires
26/02/2011.