segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vida Comercial.


E esse tempo, 
sempre quente não deixando secar
as folhas  tragadas ao eu
que não deixou sequer uma 
fumaça tampando assim
a porta coberta no feixe,
esses ares que me aqueçam faz o eu
suar mesmo estando frio,
querendo um pouco
mais do que esta 
dentro da porta da imaginação,
rastejando por entre a vante 
dispensando esta esmola 
de ''amizade'' mesmo recebendo
sorrisos de uma cara farça, 
deixando de lado a 
fogueira que não queimava sob
conversas com paladar apurado,
pescando informações se alimentando
de sopas de letrinhas,
enclausurado na parede de cristal,
refletindo nesta vida sem comercial. 

Thiago Pires

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mundo Paralelo



Não transborda no paralelo
se eu ainda estou aqui,
e esse chão que me rodeia derretendo assim
a sola do meu sapato,
será sempre assim?
Uma dose de historias sem complexo nem nexo 
uma paralela virtude de guerras que assombram num mundo
que se cria fantasias em cada pagina de um 
doce capitulo paralisado no copo
de verdades com gelo,
saúdam o grande mar que leva o que não foi daqui,
um balde de agua fria para acalmar,
e essa nevada não quer passar se ao menos
avisa-se quando chegar prepararia
nosso chá mas ainda nem era tarde
mas já passou da hora.


Thiago Pires

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lembranças


Tudo muito baseado em fatos,
nesta realidade que consome até
mesmo sobre seu mundo interno que 
te interroga.
Espreguiça nessa míngua terra de 
esquizofrênicos,
fala com as paredes mas elas não te dão atenção,
pode ver esta gravura de cabides de dois aros,
pode ver este filme legendado
distraído dopado,
dando voltas de frenesi
guardando as pontas de saldade,
tais fisgadas recordações fragmentadas
frases em garrafas ao mar.

Thiago Pires.

De Passagem



Você é tão doce
que faz o açúcar parecer sal,
me de um pouco desse flúor,
arranque um pedaço do seu 
paraíso astral  para viajem,
veja eu lhe trouxe um buque
de possibilidades,
mas você jogou em minha
cama saiu antes sem pisar no chão,
recortando essas historias em quadrinhos
no mosaico,
calvogamos ao som de blues,
o sorriso do agora ficou plastificado,
embalsamado de lama seca,
lamentada de apatia sobre essa calmaria
que aqui restou.

Thiago Pires.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cocktail Falante


Faço das Palavras
um cocktail com algo a dizer
uma pitada de pingos nos is,
pensando antes de falar ou
falando antes de pensar,
dizendo o que condiz ou
soprando para não especular,
desenho emoções sem
reações, pinto um jardim sem gosto
das guloseimas,
podendo ate queimar um fino
traçado no horizonte e se
aconchegar nos braços de um
esquadro,
fotografar o cheiro da cor que descia
dos cabelos em pé,
guardar os olhos cansados das luzes fortes
quase incapaz de abrir se cobrir em pele
de formiga e acordar
dentro do sonho.

Thiago Pires

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Claro Escuro.


Nas aves que cercam
as paredes de territórios
sem ressacas federais,
de maus costumes bonificados.

Vêem a loucura,
de outros mundos a sua frente
numa capa fina
iluminada, clara,
que diz quase nada,
ao que se vê se diz,
diz para não correr
para seu corredor,
de esperanças soltas no frio de outono,
bem na espera de horas a vir.

Na espera de um tapete voador,
que modifica o sabor de
um doce amor
ou uma amarga aventura.

Thiago Pires
Alexandre Dias

domingo, 5 de dezembro de 2010

Asas No Céu.


Percebe-se o ar de nuvens tortas,
com borboletas palpitantes,
de direções que almejam,
e, extraordinariamente, elas me pedem
para que haja comunicação...
Elas berram na doçura do suposto algodão.


Sussurram sobre aventuras
de desenhos animados,
personagens imaginários
empilhados em guerras civis.


E mais esse dia, que se passa como os outros,
com esse céu leitoso de rosa,
como rosas que compõem buques dados
aqueles tiranos que regem o covil civil.


Nesses lençóis em queda a baixo,
com o mesmo ressonar das asas das borboletas.
Repare os singelos pontos finais.


Andrea Kirkovits e
Thiago Pires.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Copo meio vazio


Sonho de olhos abertos
sem permitir fechar os olhos
drenando esse veneno, 
cuspindo as mentiras 
em sua face distante,
de cada lágrima que caia
aparecia-me uma cicatriz
e essa luz no céu, 
desmancha nas memórias tranquilizadas,
e ainda não deu para despertar,
nesse sonho de amnésia,
lembro das rasteiras de ar quente,
dessas estrelas sem rumo 
franzidas por ter-te por perto,
todas as risadas em vão,
deixadas ate pelo aroma de areia da praia,
memórias essas que derramam meu copo cheio,
e esse silêncio não se torna mais cômodo, 
esse ruído da janela, agora pode ser só o vento.

Thiago Pires.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Alienígena barato




Minhas pegadas eu deixei
pisando suave
dentro dessa espacionave,
desse lugar de terras humanas,
eu me vejo um alienígena,
fora de obta num passado
muito remoto, onde
uma tragada seja
mais barato
que um amanhecer no sol quadrado,
vejo esses seres rastejantes
agitando como cachorro louco,
de desvarios corridos
a procura do pouso
da espacionave mais perto,
na chegada de uma
partida de uma hora,
em alguns momentos,
pois é, nosso mundo
eles querem destruir,
só me diga que quando
for acender eu não vá
te abduzir.

Thiago Pires.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Invisível



Em passos largos pela manhã
vejo no mapa a dor que você sente
essa mesma que você carrega,
mas ninguém percebe,
você parece invisível,
todos passam ao seu redor quase te pisando
sem  perceber que você estava ali,
esse seu coração jogado na calçada
deixado de lado como se fosse seu animal de estimação
parece estar tão desnutrido
sem forças para dar umas batidas ritmadas
sem força de desmerecidas partidas,
aquela criatura em forma humana poderia ser sua heroína
mas de vitórias perdidas,
não te alcançou,
se pelo menos fizesse o esforço para te dar a mão você não caia,
não caia nessa conversa fiada
nessas mentira cabulosas de iludir
falando que a cor do espelho não existe
de que amores igual ao seu 
se vai sem dizer tchau.



Thiago Pires.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Castelo de Argumentos


você pode ouvir?
essa descarga eletrica,
tal corrente de tamanha fúria,
capitada de nervos a flor da pele,
essas musicas deixaram de ser suaves,
e não da para esperar nada sobre o calor
esta tão frio, chega congelar minha mente 
meu sangue corre frio,
então para que esperar o amanha chegar?
minha armas já secaram,
minhas balas agora são meus doces,
poderia construir um castelo de argumentos 
para mostra minhas pupilas 
já tentei mostrar o que já foi sóbrio
esfregaram a embriagues pelo quarto escuro,
cai sobre os devaneios dos vaga lumes brilhantes
me encontrei sem explicações no porque,
meu silencio foi a resposta 
meu café amargo
trazia as lembranças das tardes de outrora
me passaram um texto em braille,
li, mas só percebi os pontos em meus dedos,
meu diziam para encontrar
mas estava confuso como entender
se as nuvem deitam ao mar
meu inverno não quer chegar,
e eu estou entre o oceano e as montanhas,
eu permanecerei firme em meus próprios dois pés
não me abalarei com piadas clichés
nem ficarei de joelhes esperando a onda passar.


Thiago Pires.

sábado, 27 de novembro de 2010

Fumaça do tempo



essa chuva pesada
que sobe ao invés de cair
levanta-me pelas gotas de granizo
são essas mesmas,
que nos faz suspirar,
sentir vivo mesmo quando já esta morto,
poder ouvir os rifles de guitarra
deslizando pelos meus ouvidos,
procurar uma saída
na parede sem porta,
quando seu peso
torna-se suficiente para derrubar o vento,
não me leva junto
meus pés estão soterrados,
e eu não posso simplesmente sair
não consigo me ver bebendo gasolina adulterada
já que minha saliva pede Jack Daniel's
goles de varias historias destiladas
por me deixar meio dormente
entorpecido de frases feitas 
que não se repeti
mesmo sendo atraente,
da para ouvir os passos 
da enchente de flores espinhosas,
elas que nunca chegam 
nem avisam quando, 
nem onde,
só sempre acontece,
me jogando nas aventuras saborosas
de delicias perigosas
que se passam pela fumaça do tempo.





  
Thiago Pires

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem?


O céu está coçando,
correndo contra a corrente,
correndo contra esse vento,
de bobeiras ditas ...
como se numa guia abstrata
suspende-se minha
corrente estalar,
mirando o olhar na lua,
pena ela ser tão desastrada no falar,
em sua ofusca opção,
leva-me ao altar
de votos intragáveis,
de terríveis desconfortantes
com o outro
sua imensa
escolhas nas cartas
soma a inútil vez de pensar,
digestões auditivas
fora de foco,
sua garganta canta aos berros,
uma pessoa como você não tão fácil 
de se levar,
tentaram roubar seu doce
mas você parece uma criança teimosa,
doí saber que um dia já se passou por aqui,
mesmo sendo arrastado pelo vento,
sua cortina de coisas sobre ruas bloqueadas,
em vista isso diga o que é real!
que eu estou a procura,
minha vista queima ao tentar ver o futuro
os desenhos que vejo na nuvem
aparecem sempre seu rosto
mas ainda eu não te conheço.

Thiago Pires.

Paraty


 A essas ruas de pedras
que são lavadas pelas mares
de lua cheia,
essa cidade enforcada no passado
de telhados de porcelana
de ruas que se queimam pelo fogo
que na passagem de agua
reflete seu casario sem se afogar ao chão
lhe vem uma rua fresca,
inalada em marolas de ar puro de bom gosto,
requintada pelo tempo
de tão elegante,
chega a ter curvas sedutoras 
sem suas ruas nada retas,
com força de ter um forte
único mais chocante,
de historias que só parecem historias,
de um dia idiota que lhe
achavam de direito achar santo
proibir eles quase de respirar
nada com o passar do tempo
tudo quase se esquece e torna-se
um laser de medalhas de um tempo
extintos de belezas preservadas 
por assim ser o que é.

Thiago Pires.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mausoléu



Nesse mausoléu involuntário,
minha insana audácia vantajosa
pode até ser meio inepto,
se eu não sou matusalém nem criança,
um dia transformo as ideias em pedra
como medusa fazia em seus tempos,
uma caixa  mágica
cheia de figuras falantes
pulando em escombros
sem expandir suas poções,
nas profundas ondas sonoras
com  braços sorrindo
de amores em demasia
sem aquilo que sufocava
tirando fotos com a mente
com estomagos reservas
sem sobrar qualquer detalhe
que ali restava de minhas guerras
nas poeiras que a olho nu não via,
não deixava sobras de alegria
se foi  roubando minha alma
eu sem dormi em meu sonho
em um milhão de coisas prometidas
sobre o amor sem ódio
perdido na timidez
bagunçada em tralhas ao teto
se eu fico paralisado, como 
eu vou sobreviver nesse confronto
de amores inventados,
arrastados pelos cantos
sem dó,
em vários nós,
prendido dentro do porta-malas,
corações colecionados.


Thiago Pires.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Palhaço Pirata


Num luar praieiro
vi um palhaço descalço,
sem graça e de
malabarismo fracassado
plantava bananeiras tortas,
esse palhaço
de comédias tolas
prendido dentro
do espelho invisível
nessa incoerência
o palhaço chorava
tentava transformar a agua em vinho
deitava no tapete da solidão
e acordava nas saldades
com aquela ressaca
esse palhaço pirata
desenhava o imaginário
de contos de amores
divididos
contando o que achava o que não era
achava fácil mandar as balas de canhão
estourar o que não tinha
conquistar vitórias perdidas
esse palhaço não era eu.



Thiago Pires

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cevada



Esses sabores, que degustam minha boca,
que são em sua salobra tão convidativas.
Faz escorrer de delicias num rio
em cima das costas o mundo 
das maravilhas,
nos permitindo flutuar
sob essa nuvem de
pétalas de flores 
de todas as cores,
aflorando nossos 
mais remotos instintos,
nos fazendo prosear 
sobre fantasias gostosas,
nas constâncias sem ''birra'',
um dia a lucrar de tão
sedenta saliva-me 
em seu ardor,
de fazer desejar todo
seu mais surreal prazer,
fazendo do seu, o nosso.. 
e por assim ser,
existimos na mais rara sintonia nas entrelinhas
onde acontece nossa pomposa troca de conhecimento.
Loucura não imaginar
imaginando,
pedimos o sabor sem virgula no alge das brilhantes
cevadas.

Andrea Kirkovits.
Thiago Pires.


Magia verde


Um lugar de mais amores
de menos ao contrario,
de desejos carnais e diferentes belezas
foca no subjectivo em cima das raras
luzes.
Eles não sabem reconhecer o novo
e por devante foge dos novos
princípios de encantos de magias verde,
as meadas de ruas tortas
guarda o sentimentos quebrados e os
segredos mais profundos
que confundem a alma o desejo
e a sociedade hipócrita que julga a felicidade
sobre factores modernos
porque a evolução é limitada
porem nada que uma abdusao não resolva
uma lavagem celebre
de verdades sinceras
no meu intenso saber.

Thiago Pires.
Eduardo Fraguas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pedaços de orgulho

Pensei que meus
acertos estivessem errados,
senti minhas asas sem poder voar,
percebi o grão de areia que  caiu nos meus olhos
sem ardor, flutuei debaixo das incandescentes
cores de marfim,
fugi para um porto inseguro,
me despedacei em pedaços de orgulho,
insuficiente pensar
nas tardes de outrora
no amanhecer que o sol se esconde com a
peneira em face,
em cima da burguesa maresia
se alforia nos labirintos de juras
de flores perdidas.

Thiago Pires

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bifácico


Tudo a declarar
Em soma a isso várias facetas a me expor
Sem impor de baixo do tapete todas as regras partidas
Não há mal algum se não foi até você
Os respingos de limão que caía no meu corte
Nem ao menos tentaram falar
Mas era sem tempo como se vedasse minha alma na gaiola de livros surdos
Rostos farçantes.. Rosto sem gosto..
Suficientemente bem exposto no esboço dos outros
Aquela velha falta de sintonia
Aquela nova arte de encantar vazia.

 
Thiago Pires

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alá foda-se




Se tudo for um grande foda-se,
alá foda-se,
vai grande pessoa que manda pro mundo de migalhas,
texto de vários verbos perdidos,
abstrai e ponto,
inferno astral,
asas quebradas da santa em fúria,
nos remendos de sua boca,
corta-me sem saciar de vontade lúcida
mas não me venha com sua telepatia
os olhares que já não se cruzam mais
como num tempo perdido
não convém.
foge para o ponto de partida,
mas em meus desvarios
me lança sobre o muro
se a moeda é alta
não é preciso que seja caro
somente gosto sincero do amor.


Thiago Pires.




terça-feira, 2 de novembro de 2010

Besteira Marcial


queria um bom motivo,
mas as risadas
não me convém,
para aplicar
nas taças vazias
aquele tom de mais apurado,
se eu crio, ignoro,
uma abertura no globo,
pondo as cartas em jogo,
se o motivo é selado
então qual era o plano?
jogar tudo pelo ralo?
chega até ser festa na floresta,
a balada dos índios,
assim será!
como o rei brincando de bobo da corte,
não será tão volátil sua perspicácia
que escorre em sua audácia
cuidado para não morrer na sua própria saliva
derretente de alucinação
chega de besteira isso não é um confuso
articulador marcial
só a maneira simples de perceber o lado fora do espelho
que nem tudo se resume a flores,
se os espinhos que lhe trago
sãos as melhores maneiras de lhe fazer feliz.


Thiago Pires

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Livro de cortesias

Nunca respirei dentro do quadro,
que isolado na volúpia das florescente cores
do teto de neblina,
escorria-me pelo seco ar,
quase cegava de dores,
mas nas suas corridas
contra o vento,
em sua impulsividade,
larga do apenas e abraça o constante,
nas pérolas dizimais surreal
e coisa e tal,
pega a velha maça
e se sacia de cínico,
como num charme de disser não,
e assuviar pro vento do norte das baguilhas de trouxa,
avulsiva
nada como usar o controle
e mudar de canal,
ver um filme policial
ausência de remorso
se atinge de satisfação de seu mundo próprio
amola seu ego
na ansiedade de desconsiderar o próximo
 da lista do livro de cortesias.


Thiago Pires

sábado, 23 de outubro de 2010

Blasé


Se quando amanhecer,
num dia de amargura,
olhar para o lado
oposto da cama
e lá estiver vazio,
me vem exclamações de
blasé, como?onde?quem falou?
o que afinal foi mesmo, ou nem ao menos
saiu de partida.
Sem ao menos deixar o bilhete que ficava
em cima da cabeceira, me restou
juntar os cacos da fotografia ao
chão que ali respirava na euforia do luar,
deitado na confusa grama miada,
enduendando na
cortez invalida, sem reações adversas,
o narcisismo que subia de
tamanha volúpia,
se desmanchou na poeira dos tempos,
olhando por cima
enxergando o piso
molhado de planto
perdido debruçado nos lençóis
virado de um lado pro outro
sem cair ao chão,
indo no lugar mais perto
sem poder usufruir
da cama mais larga,
da cama de dois,
porém na cama calma.


Thiago Pires

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Minerva


Será que no cair da chuva
Vem-me como poeira em alto mar?
Floresce minha libido,
Me fala sem alma a tocar,
Canta sem esgar,
Numa simplória onda sonora a se aventurar,
Nulo no beco escuro,
Vendado somente no olfato,
A procurar parado,
Inútil pensar no andar, se sua sombra paira na
Poça e reflete seu balançar na tranqüila serena
Tempestade acida,
Se perder em seu ar meticuloso
Lavado com lama vermelha,
Que estremece o seu consciente
Estando sonhando acordado
E quando acordado estando dormindo
Fragmentos versáteis ao pestanejar
Passando pelo seixo de águas claras,
Encantado de reboliço como se
O mundo partisse da ignorância que
Confundi e não sabe o que quer de tão quanto distante
De encontrar numa existência?
Abrir a janela para ver o mundo ao redor
Como num abalo pela asa
Que no sul me faz o ar em movimento
Que abre o meu abrigo
Nessa fuga sem sentindo,
Pela historia de minerva
E suas celebrações de contentamento de seus ofícios
Levando a vida que se pede,
Para encontrar um motivo
A cada gota que me vem a molhar
E levantar minhas pálpebras,
Sem medo de ser a ultima vez
De ter chegado ao final.




Thiago Pires.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras sem letras.



Parecia que eu estava escrevendo palavras sem letras,
De uma abstração impossível,
e mais uma vez,
Como se parece no tempo por querer,
E talvez não entenda ou apenas
Se da o luxo de desentender,
Voam em seus confusos devaneios,
Como se estivesse fugindo pela saída de desprezo.


Aquela folha que caia em meu sonho,
Foi a ultima folha da arvore seca,
Que se tombou no limpo
de gosto que me desça das asas das abelhas na primavera,
Ardia como uma pele tatuada,
Um abrigo de armadilhas
Em suas parodias alucinantes,
Nada engraçado,
Engraçado era a mera percepção das coisas,
Quando acordar perceberá,
Que às vezes o adeus seja o único jeito
De olhar o que passou despercebido,
porque não à diferença
No papel que representamos aqui,
Se a meada das caminhadas
Os pedregulhos sempre me tropeçavam,
Fazia-me cair varias vezes no mesmo lugar,
Joguei fora essa pedra
No mar onde as profundezas
Nunca avistaram o tão raso de você.




Thiago Pires.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gotas de Papel

Tomo gotas de papel, sentado na esquina da rua sem fim,
do outro lado um caboclo encostado,
pensando linhas,
queimando seus livros que já sabia,
e o que restou foi olhar por cima do muro,
somente via o que ali não havia,
lhe batia um algo muito maior,
subia em Marte e parava em Vénus,
louca cidadã de Vénus,
não sabe que já não sou seu amigo?
não fique mostrando seus antigos,
nem falando deles,
esses contos de fadas já se foram,
pois para mim vem como história científica,
onde constrói a andróide sem sentimentos,
passando a página como se fosse um livro qualquer,
editando e programando,
agora me fale onde você deixou sua peça mais importante,
não falo do seu controle remoto,
se o lado esquerdo do seu peito é vazio.


Thiago Pires.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Deixa eu te continuar...

Deixa eu te continuar

Acaso resolver-te trazer a minha vida,
família que me faltava, um brother
acaso te tornar um amigo, irmão
te abro meu mundo, te mostro sonhos
recebo-te.

Deixa eu te continuar...
brother de várias loucuras,
nosso mundo de vários devaneios,
em seu pouso,
cá estamos, proseando
ao nosso ponto de vista.

Nosso conhecimento profundo
sobre sofrimentos alheios,
conselhos amorosos e experiências de vidas
cá estamos alegres e sofrendo,
sofrendo...
sofrendo...
Mas não sofrendo,
risos do sofrimentos,
sátiras,
sofrimentos só lhe digo adeus,
me diz se for voltar
que te mando lá pra dentro do poço,
pois o que extingue é nossa força de viver,
viver para nunca mais sofrer
amigo meu caro amigo.

Alexandre Dias.
Thiago Pires.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tá muito real

 Tá muito real.

Um lugar de mais de cor
de menos ao contrario
enquanto dentre os da calma
meu amigo e as passeatas
calculadas em seus movimentos
alienados
capiturando cada verde
que ha ao seu redor.

No entanto toda vida é demanda
muito mais sem jogo apronta e se
chega até nos
antigos casos de amor arrastando
por entreavante
de longas meadas
particulamente revogam todo o mesmo
revertendo andanças
masmorras de punhais.

Thiago Pires.
Plínio Tomaz Secanechia.