segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A flor



Pela manha placida, ao caminho 
do que no momento me aguarda
posso avistar o sol debruçado 
ao mar, e como tudo na cidade
de pedra é ofuscante, abstenha-se
toda fadiga respirando cada
tela a cada passo, passo esse 
que maior foi dado, dado de joelhos,
porem em pé  reverenciando 
a flor que por mais que ela
se esconda, sua beleza nunca morre 
pode acabar, mais sempre viva
em minha memoria.


Thiago Pires
10/10/11

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quente


Ontem eu vi o carnaval de amanhã,
dancei no meio desta festa sem música,
e  não quis o certo  pra não errar
vi o povo fantasiado mas não tinha graça
ri pra mim pra não sorrir pro nada
a atração principal era o estranho
quadro pintado da minha janela de fora
que  me mostra  só de piscar
os respingos de lembrança do
meu outono frio parece estranho 
sentir-se como se fosse a unica
folha seca diante tantas com vida
esse calor que não é real mas da pra sentir na pele.

Thiago Pires.
17/12/2011


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amnesiando

Visto como é uma amnésia não se pode
esquecer quando ela acontece chega 
ser uma dadiva alcoólica quando 
no momento ela caminha
em andamento para a glória
de todo exito trazendo benefícios
delírios momentos em alpes
do infinito contingente testando
um dois três flui uma voz a dizer hey!
testando para degustar de usura
profunda do evento
deleitando em rifes tons
ornamentados nos mais profundos deslizes
agravando o dia em si corroendo toda
má visão do pobre desdenho que tem por vim,
sem saber que por desfazer desse deleito 
o bom samaritano que se torna o mestre
somando o desfrute, consolidando por pessoas
que nos amam enfim.

Thiago Pires.
10/09/2011   

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quão belo nós seria, num futuro não tão distante, bem mais próximo
do que se imagina, consegue vislumbrar o nosso bem deleite  a partida,
partindo por entre avante sem medo de olhar para traz esquecer
de que desses devaneios surtidos estão, que do nosso belo
amor frágio prorrogado no tempo esperando essas horas
que por tempo determinado rápido irá chegar.

Thiago Pires
09/09/2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011





Como o velho ditado não julgue
o livro pela capa, mesmo este
livro sendo dobrado envelhecido, seu
conteúdo é de deixar boquiaberto,
suas lindas falas são de encantar
até o mais e menos das classes
a parte, infelizmente a quem não 
tem um pingo de consideração
mesmo esse livro fornecendo cada
sacrilégio, seu esmero foi em vão,
retido em solidão, coitado como
se tivesse arrancado pedaços dele suas folhas
esvaindo pelo chão,
amargurado e sem compaixão,
porem a esperanças, sim à
palavras contidas a ele é de 
porte rubro, deleita sobre sua sabedoria, como
uma metamorfose se reconstitui,
dando asas aos pés no chão
querido livro, não cansado de viver em vão.


08/09/2011
Thiago Pires.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estranho conhecido




Seria um estranho no paraíso, mas 
isto não é uma serie o real é o
que indica a realidade, realidade
essa que me consome somando 
cervejas, cigarros o eu si
a parte, mas veremos por partes
o bom em encontrar o conhecido
porém o à o mal em encontrar o conhecido
por fim o desconhecido conhecido, ai
de me livrar amém.
Adiante aos olhos fachados encontra-se
novos conhecidos risos, blasfêmias
do gasto teor concedido, sim
precioso líquido como não te amar,
seria de sarcasmo sincero
sim seria, sem ele seria mas
com ele, a mais é.
Sem distribuir de imediato, mantendo
os fins, piada interna constando
somente a min, estrangeiro importado daqui,
gargalhando e hipotecando os pensamentos fiel,
mentes audaciosas fortificando em si o poder da
persuasão em descontrariar  influência por min.


Thiago Pires
04/09/2011 

Ar respiravel



Vejo que agora o que anteriormente 
não sentia o que no momento ''recente''.
A por vim aquela velha ausência me solicitando
desta mudança cala-se os frios,
numa água fria de uma nascente só,
enxuga minha alma lavando
meus olhos secos aquecidos 
licorosamente, vaporizando toda
despreza conseguindo avistar
de longe, porem encontrando o colete
salva vidas mais flosflorescente refletindo sobre
o que de perto porem indescritível 
açoitando minhas expectativas
os bons e velhos ares sim
consigo até respirar.


Thiago Pires 03/09/2011  

sábado, 19 de novembro de 2011

Lugares remotos


Como esvaziar o contexto preenchido como
contestar se na veemência cai de proa
e o que se fere cai sobre o alto dos olhos,
visando toda volúpia de ar temeroso
retido na mais encantadora sensação,
tentando fugir porém aos pés atados,
teceram aos olhos a linha do tempo, correndo lento
quase engatinhando, nota-se bem que o que
pode-se suportar e o desejo de fazer brilhar a
beleza do verso, açoitando toda lama
desmentida e o que aflora sem perder a força
de cada lótus que mesmo fora de ares bafejados da 
terra pura e maciça, nota-se a força encontrada
na resistência maior de até
sobreviver e aflorar sobre os lugares
mais remotos, e podemos nos perguntar,
sobrevivemos tão quanto?
Se for de quão tanto tempo nos resta,
e o tempo lançado abatido
sobre o bolso leve, leva os seus dias
para longe, e quando o longe
chega perto, ressaltado fica as alegrias
dos dias prósperos que à por vim,
entretanto aos delírios enfim fiel por min.

Thiago Pires.
25/08/2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Criar beleza




Se é tudo intriga da oposição,
o que se pode fazer se a tenacidade
que proponho a compor nessa 
infesta cidade grande com suas pessoas pequenas,
com seus pensamentos gnomáticos,
mantenho adiante as vezes
parando ou parado continuo em movimento,
sem parar por aqui, mas se o ali me leva
de lá pra cá, não vejo
motivo pra me prender
com flores que não fedem nem 
cheiram, nem perco o tempo tentando
extrair de seu néctar,
passa  desapercebido aos olhos penetrantes
perceber que aquela flor nem ao
menos se joga ou sai de lugar, desato
nas corredeiras nadando sobre um 
mar de possibilidades ao caminho que
aflora o brilho ofuscado pela luz.

Thiago Pires
15/08/2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011



Meados a frente é o que se passa no estado de modo Cortez,
pudesse em um estalar de dedos como se pela 
regência desta fala labirinto, sublinhar todas as sentencias propostas
pela vida, como sim e não porem tendo um talvez,
tão pouco ajustável mas sabemos que ali ela está? está?!


Thiago Pires
14/08/2011



Que saudades que me afoga...
se o vento tenta me trazer
de volta em tão pouco tempo
dessa curta graça me tiram
como se me faltasse um 
órgão vital, o que queres

de mim meu sangue?
o que queres de mim é minha alegria?

se é isso então POR FAVOR não
me deixes afastado do meu bem querer,
que quase chego a surtar ao
ponto de enlouquecer
nessa terra semi-árida, ressequida
de seus costumes ingrimes 
eu reluto por ti.

Thiago Pires
06/08/2011  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Carisma inter-pessoal



Um dia nada carismático
caçando porem encontrando, sem retenção
de meados a fio, fiquei por um fio,
enrolado, traçado feito um nó de dois pé,
necessário de ate correr mesmo,
de obter a audácia de cativar o 
estranho ruído na noite
escura, com seus passos largos,
adiantados um tanto desregular,
apressado com seus segundos cada 
vez mais curtos, enfim na 
retirada podendo repousar
dormindo em paz
com seu coração na mão.

Thiago Pires
10/08/2011




Contudo estou na esfera como uma fera,
sem medo que o estouro
eventual esteja tão perto e não
incerto, o que me plaina deixa-me
concentrado, isso que quero estar como
se tudo em minha volta esteja por um lado 
até meio desregular porem aceito de ambos
os lados meus pensamentos enfim concretos
por mim.


Thiago Pires 
13/11/2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011





Nesse lugar onde o vento
fuma mais que eu, procuro 
entender mas achando a resposta
que é preciso mais ou menos de tempo 
para captar o que desses novos ares
podem me trazer se é um pouco
dessa beleza oculta quase que
imperceptível, porem
lá ela está, com suas ondas
abraçando fortemente os grãos
varridos na areia do tempo,
nesse meio fio de um horizonte
sem fim, o mar caminha ao encontro
do céu o beijando suavemente,
com tudo permaneço,
mas só onde posso, mesmo
sendo minha área de conforto
eu desapego.

Thiago Pires
05/08/2011 

Agridoce




Se me falta a falta
resguardo nas lágrimas que já 
passaram, reconhecendo o novo
que a por vim, destilando dos bons
momentos ressentidos da beleza da cidade
morta em que um dia vivi, o que será 
que a por vim? onde o etílico 
que corria severamente aqui
se repousa sem persuadir,
mas ao caso posso desfrutar
se de todo fruto que à presente
é da mera fruta
que de agridoce não possa
contrair para que sirva para me descontrair.


04/08/2011
Thiago Pires.

Desvairar



Seria essa a palavra que nos leva
a girar em torno de nos?
um tolo sim seria, se por um 
acaso mantivesse preso dentro de si,
sem tentar agarrar
a insana manobra de desvairar,
o que não é a vida se não pra viver?
explorando cada momento
mesmo se por alguns momentos
não pareça apropriado
levamos em conta o que daria para fazer,
em mentes como tais sobre espaços imagens,
retratadas em cortes ou pela súbita vontade de
expandir nossos horizontes.



Thiago Pires.

sexta-feira, 4 de março de 2011



É tudo de um pouco,
se nada for o bastante,
não é preciso que sobre
o sorriso, pois é o que
há de mais abundância,
desperdiçado o dinheiro no palheiro,
fito todos os pandemônios
neste fuzuê de inflorescencias,
repartilhar todo hélio para
as pressas ir de encontro
com a inércia inépcia,
enquanto a marujada
se afoga em goles monstruosos,
abrange os gritos de uma
velha surda, o que será
que ela diz quando fala
da vontade dos homens
de destruindo pelo prazer tragados
dos potes de mel, seria sina,
mas não lhe resta nada a fazer aqui,
nesta terra de ninguém, que por onde
se olha, qualquer lugar
casas de séculos e pedras
tortas para se caminhar,
será pedir de mais?
nada para nada,
remédios que já não torturam mais,
querer mais que borroes no escuro,
sem deixar escapar aquela vontade de viver,
sem deixar de viver aquela vontade de escapar.


Thiago Pires
26/02/2011.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ai estar

De quanto gracejo
precisas deste quarto?
todo ate quanto não restar
espaços entre as bordas do
meu bolso.
onde tudo que reluz
cintila ate a nota
de dez passos,
mesmo infinito meio fio,
os olhos só podiam estar impolidos,
tão sutíl por simples
implodir de felicidade instantânea
talvez lembra de existir?
ou esquece para não lembrar
o que? para que?
entende o porque.
Pula de frenesi
ao som de uma
orquestra  voadora
iludibriando com jazz
toda essa cançao que nao me cança
posso ate ouvir a trilha sonora
de um bom filme antigo,
reliquia para boa tarde
enlouquecida deste lado.


Thiago Pires.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pulmão de aluguel.



De folgosa voz falastrosa,
brincava de aparecer o
alto da cor desfocada de
seu latejor, sem espor
como traçou os rastros
do ruído forte daquela alvorada,
via toda lenha para
aquecer aquela garganta
coçando para dizer pios a parte,
de uma virada fatal
contagia em efeito dominó,
caido de cara no pé
de goiaba seca,
lambendo com a testa toda marmelada,
observando seu ponto cardeal
a respiraçao se aproximava
cada vez mais lenta, ofegante,
a nao ser por ter esquecido
o ato efeito de traquejar
o ar de suas asas tortas,
bem seria se bem dizia
que nao da para
cortar um pedaço de
carne com uma colher.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Embalagen descartável

Olhe que não se passa de promessa
não é tão conclusivo
essa fábula de mentiras
se despir para cobrir
a face alheia,
corta-se enfiado
na podridão a beleza,
vejo que o dia passa
sem perceber que esse
mesmo dia foi historias
de meio termo, não
querendo mostrar racionalmente,
em paz descanso, furto dos
sonhos perdidos,
aquela lasca de quadrados repetitivos
positivamente uma gota de suor, deixa
as deixas transbordar,
fim de historia,
fim de recomeços,
que persuadiam dentro desta
traidora mente dócil
que te ilude,
corre rapaz! se as palavras
de uma cigana fumante te seduz,
não encare com verdades,
sinta o fel de uma dor que passava-me como o vento,
apavorantes hostis de parte raivosa
foi só um grande prazo da validade que
mergulhava no fedor,
deixe estar, como iria saber
se os olhos cegos não podia ver?
se por ventura enroscava
o pescoço cortado fica
o laço de muitos
pesos que carrega
exceto esse pode-se
jogar ao ar em mar
para levar o furor
que um dia também senti.


Thiago Pires

23/01/2010

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Freio

Aposentando as rédeas,
que de trabalho árduo
me trazia um prato de desmazelo,
enterrado no colchão da vaidade,
não tinha mais a força de um segundo-luz,
precisamente um pote de urgir,
nesta imensa pedra que suspira
de gelos olhares,
para suprimir sem levar a mercancia,
sem deixar cair de  desvarios,
sem precisar subir o mais
alto da montanha para trazer
a mais bela dentre as flores
para mostrar que elas brilham
mesmo estando  escuro,
não precisando uma sequer pena
porque já sabe voar,
fazendo da vida um aperitivo,
fazendo da agua seu vinho,
mergulhando na correria
de um tudo muito complexo,
parando para pensar, bom
deixar levar, levando.

Thiago Pires 25/12/2010

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Doce Lar

Ouça o som que corrompe o fato
de não poder ver,
perceba este estardalhado que cobre em disfarces
de uma armadilha suspensa quase que artificialmente.
Veja marmota de seu solo,
sim esta fadiga
descansa sobre as minhas olheiras,
de pesadas em bafejos novos ares,
poluídos pelo seu povo
que ostenta suas desconstruçoes,
manejando
urticaria impulso justo
de apenas arrancar a parte
estragada do fruto.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poucas Palavras

Sucinto animosidade
belicosa murmúrio esverdeado,
cochichos de perjúrio,
segunda infância,
arrancos a parte
placidamente.



Thiago Pires.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Fora do Aquário.

06/01/2011
04:42 am


Sinto a dor de seus olhos,
imergindo nos pensamentos,
o que será, o que se construi
para poder respirar?
se mesmo fora da formosa
linear parede de vidro que
se arredonda nos seus açudes,
mesmo sabendo desta agua pura,
há dentre varias essas algo
a escalar fora deste riacho,
no entanto mais alto,
concentrado de mergulhos
de mata borrão, limpos são
esses traços rabiscados,
onde deixaram para se terminar,
onde deixaram as mingas pontadas de frenesi,
sabe-se de uma cor verde mais elevado
fala-se de botão,
entre outras proponha-se
que seja o feixe de entrada,
não só mais uma estrada
fito o que se rompe,
para cobrir
retalhos,murmura de ardor.

Thiago Pires