terça-feira, 30 de novembro de 2010

Castelo de Argumentos


você pode ouvir?
essa descarga eletrica,
tal corrente de tamanha fúria,
capitada de nervos a flor da pele,
essas musicas deixaram de ser suaves,
e não da para esperar nada sobre o calor
esta tão frio, chega congelar minha mente 
meu sangue corre frio,
então para que esperar o amanha chegar?
minha armas já secaram,
minhas balas agora são meus doces,
poderia construir um castelo de argumentos 
para mostra minhas pupilas 
já tentei mostrar o que já foi sóbrio
esfregaram a embriagues pelo quarto escuro,
cai sobre os devaneios dos vaga lumes brilhantes
me encontrei sem explicações no porque,
meu silencio foi a resposta 
meu café amargo
trazia as lembranças das tardes de outrora
me passaram um texto em braille,
li, mas só percebi os pontos em meus dedos,
meu diziam para encontrar
mas estava confuso como entender
se as nuvem deitam ao mar
meu inverno não quer chegar,
e eu estou entre o oceano e as montanhas,
eu permanecerei firme em meus próprios dois pés
não me abalarei com piadas clichés
nem ficarei de joelhes esperando a onda passar.


Thiago Pires.

sábado, 27 de novembro de 2010

Fumaça do tempo



essa chuva pesada
que sobe ao invés de cair
levanta-me pelas gotas de granizo
são essas mesmas,
que nos faz suspirar,
sentir vivo mesmo quando já esta morto,
poder ouvir os rifles de guitarra
deslizando pelos meus ouvidos,
procurar uma saída
na parede sem porta,
quando seu peso
torna-se suficiente para derrubar o vento,
não me leva junto
meus pés estão soterrados,
e eu não posso simplesmente sair
não consigo me ver bebendo gasolina adulterada
já que minha saliva pede Jack Daniel's
goles de varias historias destiladas
por me deixar meio dormente
entorpecido de frases feitas 
que não se repeti
mesmo sendo atraente,
da para ouvir os passos 
da enchente de flores espinhosas,
elas que nunca chegam 
nem avisam quando, 
nem onde,
só sempre acontece,
me jogando nas aventuras saborosas
de delicias perigosas
que se passam pela fumaça do tempo.





  
Thiago Pires

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem?


O céu está coçando,
correndo contra a corrente,
correndo contra esse vento,
de bobeiras ditas ...
como se numa guia abstrata
suspende-se minha
corrente estalar,
mirando o olhar na lua,
pena ela ser tão desastrada no falar,
em sua ofusca opção,
leva-me ao altar
de votos intragáveis,
de terríveis desconfortantes
com o outro
sua imensa
escolhas nas cartas
soma a inútil vez de pensar,
digestões auditivas
fora de foco,
sua garganta canta aos berros,
uma pessoa como você não tão fácil 
de se levar,
tentaram roubar seu doce
mas você parece uma criança teimosa,
doí saber que um dia já se passou por aqui,
mesmo sendo arrastado pelo vento,
sua cortina de coisas sobre ruas bloqueadas,
em vista isso diga o que é real!
que eu estou a procura,
minha vista queima ao tentar ver o futuro
os desenhos que vejo na nuvem
aparecem sempre seu rosto
mas ainda eu não te conheço.

Thiago Pires.

Paraty


 A essas ruas de pedras
que são lavadas pelas mares
de lua cheia,
essa cidade enforcada no passado
de telhados de porcelana
de ruas que se queimam pelo fogo
que na passagem de agua
reflete seu casario sem se afogar ao chão
lhe vem uma rua fresca,
inalada em marolas de ar puro de bom gosto,
requintada pelo tempo
de tão elegante,
chega a ter curvas sedutoras 
sem suas ruas nada retas,
com força de ter um forte
único mais chocante,
de historias que só parecem historias,
de um dia idiota que lhe
achavam de direito achar santo
proibir eles quase de respirar
nada com o passar do tempo
tudo quase se esquece e torna-se
um laser de medalhas de um tempo
extintos de belezas preservadas 
por assim ser o que é.

Thiago Pires.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mausoléu



Nesse mausoléu involuntário,
minha insana audácia vantajosa
pode até ser meio inepto,
se eu não sou matusalém nem criança,
um dia transformo as ideias em pedra
como medusa fazia em seus tempos,
uma caixa  mágica
cheia de figuras falantes
pulando em escombros
sem expandir suas poções,
nas profundas ondas sonoras
com  braços sorrindo
de amores em demasia
sem aquilo que sufocava
tirando fotos com a mente
com estomagos reservas
sem sobrar qualquer detalhe
que ali restava de minhas guerras
nas poeiras que a olho nu não via,
não deixava sobras de alegria
se foi  roubando minha alma
eu sem dormi em meu sonho
em um milhão de coisas prometidas
sobre o amor sem ódio
perdido na timidez
bagunçada em tralhas ao teto
se eu fico paralisado, como 
eu vou sobreviver nesse confronto
de amores inventados,
arrastados pelos cantos
sem dó,
em vários nós,
prendido dentro do porta-malas,
corações colecionados.


Thiago Pires.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Palhaço Pirata


Num luar praieiro
vi um palhaço descalço,
sem graça e de
malabarismo fracassado
plantava bananeiras tortas,
esse palhaço
de comédias tolas
prendido dentro
do espelho invisível
nessa incoerência
o palhaço chorava
tentava transformar a agua em vinho
deitava no tapete da solidão
e acordava nas saldades
com aquela ressaca
esse palhaço pirata
desenhava o imaginário
de contos de amores
divididos
contando o que achava o que não era
achava fácil mandar as balas de canhão
estourar o que não tinha
conquistar vitórias perdidas
esse palhaço não era eu.



Thiago Pires

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cevada



Esses sabores, que degustam minha boca,
que são em sua salobra tão convidativas.
Faz escorrer de delicias num rio
em cima das costas o mundo 
das maravilhas,
nos permitindo flutuar
sob essa nuvem de
pétalas de flores 
de todas as cores,
aflorando nossos 
mais remotos instintos,
nos fazendo prosear 
sobre fantasias gostosas,
nas constâncias sem ''birra'',
um dia a lucrar de tão
sedenta saliva-me 
em seu ardor,
de fazer desejar todo
seu mais surreal prazer,
fazendo do seu, o nosso.. 
e por assim ser,
existimos na mais rara sintonia nas entrelinhas
onde acontece nossa pomposa troca de conhecimento.
Loucura não imaginar
imaginando,
pedimos o sabor sem virgula no alge das brilhantes
cevadas.

Andrea Kirkovits.
Thiago Pires.


Magia verde


Um lugar de mais amores
de menos ao contrario,
de desejos carnais e diferentes belezas
foca no subjectivo em cima das raras
luzes.
Eles não sabem reconhecer o novo
e por devante foge dos novos
princípios de encantos de magias verde,
as meadas de ruas tortas
guarda o sentimentos quebrados e os
segredos mais profundos
que confundem a alma o desejo
e a sociedade hipócrita que julga a felicidade
sobre factores modernos
porque a evolução é limitada
porem nada que uma abdusao não resolva
uma lavagem celebre
de verdades sinceras
no meu intenso saber.

Thiago Pires.
Eduardo Fraguas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pedaços de orgulho

Pensei que meus
acertos estivessem errados,
senti minhas asas sem poder voar,
percebi o grão de areia que  caiu nos meus olhos
sem ardor, flutuei debaixo das incandescentes
cores de marfim,
fugi para um porto inseguro,
me despedacei em pedaços de orgulho,
insuficiente pensar
nas tardes de outrora
no amanhecer que o sol se esconde com a
peneira em face,
em cima da burguesa maresia
se alforia nos labirintos de juras
de flores perdidas.

Thiago Pires

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bifácico


Tudo a declarar
Em soma a isso várias facetas a me expor
Sem impor de baixo do tapete todas as regras partidas
Não há mal algum se não foi até você
Os respingos de limão que caía no meu corte
Nem ao menos tentaram falar
Mas era sem tempo como se vedasse minha alma na gaiola de livros surdos
Rostos farçantes.. Rosto sem gosto..
Suficientemente bem exposto no esboço dos outros
Aquela velha falta de sintonia
Aquela nova arte de encantar vazia.

 
Thiago Pires

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alá foda-se




Se tudo for um grande foda-se,
alá foda-se,
vai grande pessoa que manda pro mundo de migalhas,
texto de vários verbos perdidos,
abstrai e ponto,
inferno astral,
asas quebradas da santa em fúria,
nos remendos de sua boca,
corta-me sem saciar de vontade lúcida
mas não me venha com sua telepatia
os olhares que já não se cruzam mais
como num tempo perdido
não convém.
foge para o ponto de partida,
mas em meus desvarios
me lança sobre o muro
se a moeda é alta
não é preciso que seja caro
somente gosto sincero do amor.


Thiago Pires.




terça-feira, 2 de novembro de 2010

Besteira Marcial


queria um bom motivo,
mas as risadas
não me convém,
para aplicar
nas taças vazias
aquele tom de mais apurado,
se eu crio, ignoro,
uma abertura no globo,
pondo as cartas em jogo,
se o motivo é selado
então qual era o plano?
jogar tudo pelo ralo?
chega até ser festa na floresta,
a balada dos índios,
assim será!
como o rei brincando de bobo da corte,
não será tão volátil sua perspicácia
que escorre em sua audácia
cuidado para não morrer na sua própria saliva
derretente de alucinação
chega de besteira isso não é um confuso
articulador marcial
só a maneira simples de perceber o lado fora do espelho
que nem tudo se resume a flores,
se os espinhos que lhe trago
sãos as melhores maneiras de lhe fazer feliz.


Thiago Pires