segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pulmão de aluguel.



De folgosa voz falastrosa,
brincava de aparecer o
alto da cor desfocada de
seu latejor, sem espor
como traçou os rastros
do ruído forte daquela alvorada,
via toda lenha para
aquecer aquela garganta
coçando para dizer pios a parte,
de uma virada fatal
contagia em efeito dominó,
caido de cara no pé
de goiaba seca,
lambendo com a testa toda marmelada,
observando seu ponto cardeal
a respiraçao se aproximava
cada vez mais lenta, ofegante,
a nao ser por ter esquecido
o ato efeito de traquejar
o ar de suas asas tortas,
bem seria se bem dizia
que nao da para
cortar um pedaço de
carne com uma colher.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Embalagen descartável

Olhe que não se passa de promessa
não é tão conclusivo
essa fábula de mentiras
se despir para cobrir
a face alheia,
corta-se enfiado
na podridão a beleza,
vejo que o dia passa
sem perceber que esse
mesmo dia foi historias
de meio termo, não
querendo mostrar racionalmente,
em paz descanso, furto dos
sonhos perdidos,
aquela lasca de quadrados repetitivos
positivamente uma gota de suor, deixa
as deixas transbordar,
fim de historia,
fim de recomeços,
que persuadiam dentro desta
traidora mente dócil
que te ilude,
corre rapaz! se as palavras
de uma cigana fumante te seduz,
não encare com verdades,
sinta o fel de uma dor que passava-me como o vento,
apavorantes hostis de parte raivosa
foi só um grande prazo da validade que
mergulhava no fedor,
deixe estar, como iria saber
se os olhos cegos não podia ver?
se por ventura enroscava
o pescoço cortado fica
o laço de muitos
pesos que carrega
exceto esse pode-se
jogar ao ar em mar
para levar o furor
que um dia também senti.


Thiago Pires

23/01/2010

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Freio

Aposentando as rédeas,
que de trabalho árduo
me trazia um prato de desmazelo,
enterrado no colchão da vaidade,
não tinha mais a força de um segundo-luz,
precisamente um pote de urgir,
nesta imensa pedra que suspira
de gelos olhares,
para suprimir sem levar a mercancia,
sem deixar cair de  desvarios,
sem precisar subir o mais
alto da montanha para trazer
a mais bela dentre as flores
para mostrar que elas brilham
mesmo estando  escuro,
não precisando uma sequer pena
porque já sabe voar,
fazendo da vida um aperitivo,
fazendo da agua seu vinho,
mergulhando na correria
de um tudo muito complexo,
parando para pensar, bom
deixar levar, levando.

Thiago Pires 25/12/2010

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Doce Lar

Ouça o som que corrompe o fato
de não poder ver,
perceba este estardalhado que cobre em disfarces
de uma armadilha suspensa quase que artificialmente.
Veja marmota de seu solo,
sim esta fadiga
descansa sobre as minhas olheiras,
de pesadas em bafejos novos ares,
poluídos pelo seu povo
que ostenta suas desconstruçoes,
manejando
urticaria impulso justo
de apenas arrancar a parte
estragada do fruto.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poucas Palavras

Sucinto animosidade
belicosa murmúrio esverdeado,
cochichos de perjúrio,
segunda infância,
arrancos a parte
placidamente.



Thiago Pires.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Fora do Aquário.

06/01/2011
04:42 am


Sinto a dor de seus olhos,
imergindo nos pensamentos,
o que será, o que se construi
para poder respirar?
se mesmo fora da formosa
linear parede de vidro que
se arredonda nos seus açudes,
mesmo sabendo desta agua pura,
há dentre varias essas algo
a escalar fora deste riacho,
no entanto mais alto,
concentrado de mergulhos
de mata borrão, limpos são
esses traços rabiscados,
onde deixaram para se terminar,
onde deixaram as mingas pontadas de frenesi,
sabe-se de uma cor verde mais elevado
fala-se de botão,
entre outras proponha-se
que seja o feixe de entrada,
não só mais uma estrada
fito o que se rompe,
para cobrir
retalhos,murmura de ardor.

Thiago Pires