E o cigarro fica tão
apetitoso quando molho
minhas palavras,
e minhas palavras deveras
afiadas nas lâminas
d'água benta, de tão
sedenta enxuga
as desavenças e torce
o pano sorrindo,
deixa o brilho brilhante,
aurora cantante,
amando o molho de molas
que não me amola,
Sussurrando o grito
falando baixo bem alto,
eletrizando, energizando,
pulmão estigmatizando pérolas,
tia benta me seda mais de sua
essência sinto
uma sede infindável,
sinto uma formicação,
minha garganta coça,
tudo quer girar,
deixe meu parque vingar,
quero ver ele dançar,
Tia benta sempre
tão doce... seu cheiro
cravo e canela
não me engana,
por isso não reclame
quando eu cair na cama,
já estou indiferente.
Thiago Pires
07/09/2013
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