segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Minerva


Será que no cair da chuva
Vem-me como poeira em alto mar?
Floresce minha libido,
Me fala sem alma a tocar,
Canta sem esgar,
Numa simplória onda sonora a se aventurar,
Nulo no beco escuro,
Vendado somente no olfato,
A procurar parado,
Inútil pensar no andar, se sua sombra paira na
Poça e reflete seu balançar na tranqüila serena
Tempestade acida,
Se perder em seu ar meticuloso
Lavado com lama vermelha,
Que estremece o seu consciente
Estando sonhando acordado
E quando acordado estando dormindo
Fragmentos versáteis ao pestanejar
Passando pelo seixo de águas claras,
Encantado de reboliço como se
O mundo partisse da ignorância que
Confundi e não sabe o que quer de tão quanto distante
De encontrar numa existência?
Abrir a janela para ver o mundo ao redor
Como num abalo pela asa
Que no sul me faz o ar em movimento
Que abre o meu abrigo
Nessa fuga sem sentindo,
Pela historia de minerva
E suas celebrações de contentamento de seus ofícios
Levando a vida que se pede,
Para encontrar um motivo
A cada gota que me vem a molhar
E levantar minhas pálpebras,
Sem medo de ser a ultima vez
De ter chegado ao final.




Thiago Pires.

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