sábado, 9 de outubro de 2010

Contraditória


Perplexo,
junto ao pouso, ascendo o incenso
cheiro doce, acho que é da flor.
minha cara aqui não está,
sei que não se foi,
o que quer de mim?
meu sangue!?
sei que não é de meu pudor,
somos como crianças
correndo e caindo
nossa brincadeira de quente e frio,
tão articulada em seus sentimentos
deixa de bobeira minha cara!
o seu timbre guiando em seus passos largos
um simples atender para tudo se resolver
não foi de propósito,
eu não te ver, te vendo
não faça biquinho
meu bem,
os meus braços estão apostos
a te esperar,
como antes nós, como antes depois
como pode ser agora e sempre
as pequenas coisas
que tenho pra lhe dizer
podem até parecer grandes,
seus olhos vermelhos
me vem,
se ando meio desligado
me plugue,
danada metódica contraditória senhora, 
segure minha mão,
que iremos onde o horizonte à de mais bonito em você.

Thiago Pires.

Nenhum comentário:

Postar um comentário