sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras sem letras.



Parecia que eu estava escrevendo palavras sem letras,
De uma abstração impossível,
e mais uma vez,
Como se parece no tempo por querer,
E talvez não entenda ou apenas
Se da o luxo de desentender,
Voam em seus confusos devaneios,
Como se estivesse fugindo pela saída de desprezo.


Aquela folha que caia em meu sonho,
Foi a ultima folha da arvore seca,
Que se tombou no limpo
de gosto que me desça das asas das abelhas na primavera,
Ardia como uma pele tatuada,
Um abrigo de armadilhas
Em suas parodias alucinantes,
Nada engraçado,
Engraçado era a mera percepção das coisas,
Quando acordar perceberá,
Que às vezes o adeus seja o único jeito
De olhar o que passou despercebido,
porque não à diferença
No papel que representamos aqui,
Se a meada das caminhadas
Os pedregulhos sempre me tropeçavam,
Fazia-me cair varias vezes no mesmo lugar,
Joguei fora essa pedra
No mar onde as profundezas
Nunca avistaram o tão raso de você.




Thiago Pires.

Um comentário:

  1. SUAHAHSUHUSSH adooorei o final, e o resto tbm, ALIAS, escuta bem essa:ninguem nunca precisou de restos pra ser feliz.

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